Ontem, como faço de costume bem cêdo sai de bike para o treino diário. Ao chegar na praia dei de cara com um mar parado e de água cristalina. Imediatamente abortei o treino de ciclismo e voltei pra casa, afim de realizar a transição... Como os caras fazem no triatlon, trocam de modalidade sem descansar. Coloquei os equipamentos no fundo da Pajero e parti pro mergulho. Liguei para um amigo e como não obtive resposta mergulhei sozinho mesmo. Aliás, curto muito o mergulho solo. Com uma estratégia traçada rumei em direção a Pedra da Cambuba. É, pra quem não sabe temos locais certos, não vamos a êsmo não. Mas este pesqueiro fica distante cerca de uma hora a nado. E para minha surpresa quanto mais eu saia a água sujava. Então, mudei de estratégia e retornei para a beira onde teria mais visibilidade e tinha algumas pedras altas e a possibilidade de iscas no local (sardinha, pititinga, chicharro...). Com uma visibilidade que superava fácil os 15 metros e uma temperatura agradável com um sol de lascar, era as condições perfeitas para um excelente mergulho, só faltava o pescado. Assim que cheguei as pedras altas de cima mesmo vi que estava cheia de isca, relaxei, respirei fundo e iniciei a imersão. A uma profundidade de mais ou menos uns 10 metros deitei sobre a pedra e olhei para frente, a este ponto eu já estava envolto no cardume das iscas, foi instântaneo, questão de 2 segundos a bichona apareceu a minha frente uns 15 graus a direita, estiquei o braço apontando a espingarda em direção a ela... ela deu uma leve guinada para frente e virou a cabeça em minha direção (isso a uns 5 metros de mim) fiz mira e sentei o dedo no gatilho, o tiro foi certeiro na cabeça. Peixe grande devemos arpoar do meio para frente, melhor ainda na cabeça para aproveitar-mos o efeito cabresto, tipo quando montamos cavalo. Assim podemos controlar o peixe caso não seja um tiro perfeito. Dizemos "apagar o peixe". Ela ainda esboçou uma leve puxada. Mas o tiro foi muito bem dado e daí pa frente foi só alegria, peixe para uns 20kg. Isso tudo em menos de uma hora. Daí pensei: Já tô pescado, peixe garantido, vou pra casa. Na saída ainda peguei mais uma guaricêma de um kilo.
O gozado da história é que quando estava em casa, lavando o equipamento, passou um colega pela frente de casa e gritou do carro: "Pescador de sardinha...". Eu retruquei de cá: "Vem cá, espera aí... que tem uma sardinha aqui que esta eu quero ver você assar no dedo." Me perdoem a franquesa, mas que bundão e fez um comentário com a pessoa errada. E ainda se lascou que na hora o peixe ainda estava aqui na garagem. Foi a glória! Fechar com chave de ouro vendo a cara do indivíduo de surpresa, olho esbugalado e aquela risada sem graça quando a sardinha que eu tinha pegado era capaz de engolir seu braço inteiro. E não é brincadeira não este peixe dilacera um braço brincando. Reparem nos dentes afiados, uma boca semelhante a de um cachorro com dentes afiados como navalha. Tirou umas fotos minhas com o peixe... é claro e partiu sem graça. Viu #!L@D&@
Pois é pessoal, um abraço forte e fiquem com Deus.
Abraços.